Mariano Soltys
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Lao Tsé
 
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Laozi, chamado também de Lao-Tsé, Lao Tseu, Lao Tan e Li Erh, dentre outras variações do nome, nasceu no norte da China, em Li Er, ou Na Hue, cidade de Guo Yang, no dia 25 da segunda lua do ano Ken-Tzen, da era Wu-Tin, ou século 6 a.C, no jardim da família, sob uma ameixeira, filho de uma humilde família chinesa, cujo pai era famoso alquimista da dinastia San, e que teria vivido mais de cem anos, e de mãe que teria o concebido milagrosamente ao engolir uma pérola de luz, ou ter recebido um raio de luz, numa gestação de 81 anos. Lao Tsé foi um filósofo chinês, criador do taoismo, e alquimista, e seu nome na verdade é um título, significando jovem sábio. A tradição diz que teria vivido no século 6 antes de Cristo, mas escolas entendem ter vivido dois séculos antes, no tempo conhecido como “Cem Escolas de Pensamento”. Dizem que Lao Tsé ao nascer já parecia velho, com traços da velhice. Dizem também que tinha personalidade marcante e bem afável, e que recebeu toda a sabedoria e educação que seu pai podia lhe oferecer. O senhor do fim e do princípio. Assim, com a fama de jovem sábio, foi convidado pelo rei Wen a cuidar da biblioteca real e assume cargo de historiador real, e nesse mesmo ano viaja pelo ocidente, até reinos da Índia, Afeganistão e Itália, sendo ainda oficial da fronteira. Segundo uma tradição, ele havia conhecido outro sábio chinês, Confúcio, mas isso não é certeza, apesar que trabalhou na biblioteca de Loyang. Mas resta a obra dele, chamada Tao Te Ching, ou King, de modo que nessa traça diversas lições morais e de sabedoria, e onde resta o Tao, espécie de conceito metafísico que se refere a Caminho ou mesmo a Divindade, e a yin e yang, duas polaridades que refletem bem a lei hermética da polaridade. Sua linha era pacifista e tinha uma defesa do não-agir, pois tudo era de certo modo agido por Tao. Achava para tanto que as coisas se governariam. Sua filosofia, que era laica, acabou se transformando em uma religião, após sua morte, e depois passa a agregar coisas estranhas a sua origem, como uma mística de êxtase com Tao e ainda práticas mágicas, estas oriundas do sumo sacerdote chamado Mestre do Céu. Também seu pensamento inspirou uma revolução chamada de Turbantes Amarelos, do século II. Mas após ser guardião dos arquivos do tribunal imperial, ele com 80 anos parte para o Tibet, entristecido e desiludido com a pouca bondade das pessoas. Dessa passagem, um guarda chamado Yin Xi lembrou que seus ensinamentos cairiam no esquecimento, e tentou o convencer em escrever eles, assim resultou o Tao Te Ching. Relutante, Lao achava que a natureza que era mais segura a ensinar que escritos, mas mesmo assim escreveu. O filósofo Huberto Rohden disse que “ele desce às últimas profundezas metafísicas da Realidade Cósmica, procurando atingir a raiz do Uno para além de todas as ramificações do Verso”1. Também o místico Aleister Crowley teria falado que “este Tao é a verdadeira natureza das coisas, sendo em si o caminho de ir, quer dizer, uma concepção dinâmica, e não estática (…) este Tao é verdade e o caminho da verdade e portanto foi Lao Tsé logos do seu aeon e sua verdadeira palavra ou nome era Tao”2. Mas do mesmo modo como o seu nascimento, o falecimento de Lao Tsé é igualmente misterioso. A data que se fala é de 521 a.C, mas dizem que teria vivido 162 anos, por ser alquimista, e que teria se transformado em um dragão, ou que teve sua ascenção no deserto de Gobi, e emanou raios de luz em cinco cores, e seu corpo se transformou em um corpo de luz dourada e desapareceu no céu.



 
1Tao Te Ching. Martin Claret, 2000. p. 12.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 13/09/2017
Alterado em 13/09/2017
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